quarta-feira, 29 de junho de 2011

Resenha do Capítulo "Pelo reto ministério do Santo Ofício: falsos agentes inquisitoriais no Brasil colonial".

Christiane Nunes Lima*

Falsos Inquisidores no Brasil Colonial

  Daniela Calainho é formada em História pela Universidade Federal Fluminense(1985), mestrado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992) e doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2000). Atualmente é professor adjunto - procientista (desde 2000) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, pesquisador da Universidade Federal Fluminense e pesquisadora da Universidade de Lisboa. Integrante do PRONEX desde 2006, sediado na Universidade Federal Fluminense, liderado por Ronaldo Vainfas. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Colônia, atuando principalmente nos seguintes temas: inquisição, império português, escravidão, inquisição moderna e religiosidades populares. Líder do Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos Inquisitoriais, cadastrado no CNPq.É autora de livros como:Agentes da Fé: Familiares da Inquisição Portuguesa no Brasil Colonial e participa de capítulos de livros,como: A Inquisição em xeque: temas, controvérsias, estudos de caso,organizado por Ronaldo Vainfas; Bruno Feitler; Lana Lage da Gama Lima,no qual iremos tratar o capitulo “Pelo reto ministério do Santo Ofício: falsos agentes inquisitoriais no Brasil colonial”
  No capítulo citado anteriormente Calainho trata dos falsos inquisidores que apareceram no Brasil em época da Inquisição, e antes de ir ao tema central do capítulo faz um apanhado da ação inquisitorial na península Ibérica e no Brasil.Daniela Calainho nos conta que o Santo Oficio português foi criado no reinado de D.JoãoIII em 1553.e perseguiu indivíduos cuja conduta se identificava à heresia,sobretudo os cristãos novos judaizantes,também mostra que a Inquisição visava fortalecer o catolicismo.por meio de reafirmação dos dogmas e reordenação da sociedade cristã da península Ibérica e em suas colônias.Ao falar da Inquisição no Brasil,Daniela Calainho nos conta que no Brasil não existia um Tribunal do Santo Oficio fixo,a Inquisição acontecia pelo envio de visitações nos séculos XVI,XVII E XVIII,na colônia investia-se em mecanismos intimidatórios  permanentes.Alguns desses mecanismos seriam os chamados familiares da Inquisição,estes instigavam as delações e também delatavam os hereges,eram considerados um dos alicerces dessa “pedagogia do medo”,esses familiares gozavam de grande status social e vários privilégios.E finalmente é relatado o caso de um falso agente da Inquisição o Januário de São Pedro,para nos mostrar como tais enganos ocorriam,é dito que Januário roubou a patente de sacerdote e quando ocorreu o rumor de sua falsa identidade fugiu para o Brasil(ele era natural de Quito no Peru),a partir daí a história de Januário,são somente mentiras criadas pelo mesmo,até que por fim as suas falcatruas são descobertas e foi severamente punido.Sendo assim,esses fatos nos mostram as arbitrariedades da Igreja e também o medo da população referente aos agentes da Inquisição.
   Para montar esse capítulo Calainho,cita vários autores que tratam da Inquisição como o historiador Bartolomé Bennassar e Anita Novinsky.Em sua pesquisa para esse capítulo também foram utilizados documentos da época.A linguagem que foi utilizada para construção do capitulo é simples,sendo assim não somente o público acadêmico quanto os leitores comuns podem desfrutar das informações apresentadas nesse texto e se deliciar com algumas curiosidades sobre a Inquisição,que de fato,é mostrado de forma amplamente interessante por Daniela Calainho.


Bibliografia:CALAINHO.Daniela Buono.Pelo reto ministério do Santo Ofício:falsos agentes inquisitoriais no Brasil colonial.In:VAINFAS,FEITLER E LAGE.Ronaldo,Bruno e Lana.A Inquisição em xeque:temas,controvérsias e estudos de caso.EdUerj.1ªEdição.Rio de Janeiro.2006.Páginas:87 a 96.


*Christiane Nunes Lima é graduanda do 7ª período de História pela Faculdade de Formação de Professores FFP/UERJ.

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